Para começar, uma pequena introdução sobre fungos e
leveduras, para alguns, um lembrete, para outros uma ideia do que são:
Os fungos possuem dois tipos de morfológicos (formas):
leveduras que são unicelulares e bolores que são multicelulares. Os fungos
filamentosos chamados bolores possuem
como elemento constituinte as hifas;
e o conjunto de hifas é chamado de micélio,
que serve para a absorção de nutrientes. As leveduras possuem as células vegetativas,
e deve-se observar a forma, tamanho , cápsula, pseudohifas.
Equipamentos médicos estão
sujeitos a exposição de bactérias, bolores, leveduras entre outros micro-organismos
que são encontrados em hospitais. Por esse motivo, os equipamentos devem ser bem higienizados, receber cuidados com o contato
entre paciente e equipamento, para que o paciente não seja infectado com o
equipamento e vice-versa.
Em uma aula de microbiologia
aplicada, foi coletado material de dois equipamentos do laboratório (uma bomba
de infusão e um oxímetro de pulso), uma pequena amostra e semeada em placas de Petri com Agar Sabourad.
Eis os equipamentos, bomba de infusão e oxímetro de pulso, respectivamente:
Todos os
fungos crescem no meio Sabouraud ou
"Mycosel" que é o meio Sabouraud acrescido de Cloranfenicol (inibidor bacteriano), e
de Cicloheximida (inibidor de fungos contaminantes).
Alguns
dos exemplos mais comuns (encontrados em ambiente hospitalar):
BOLORES
– Aspergillus, Penicillium
LEVEDURAS
– Candida, Rhodotorula
A
identificação de bolores é formada com base em características macroscópicas e
microscópicas.
ESTUDO MACROSCÓPICO Observa-se o
início do crescimento, velocidade, aspecto da superfície da colônia e o
reverso, assim como a produção de pigmento no meio de cultura (importante observar características como: cor,
aspecto, por exemplo, se é branco, cinza, preto, laranja... se é cotonoso,
pulverulento...).
ESTUDO MICROSCÓPICO
Técnica
de Microcultivo Retira-se um pedaço da cultura do bolor e semea no Agar batata, devemos cobrir o material
semeado com lamínula, colocar um tubo de água estéril no fundo da placa para umedecer o papel de filtro e incubar à 250C por 7 a 14 dias.
RESULTADOS
DA COLETA
Tabela I – Desinfecção
de superfícies de equipamentos Oxímetro de pulso
Local
|
Bolor (cor)
|
Levedura
|
||
Botão
1
|
Bolor
bege
|
Colônia
cremosa
|
||
Botão
2
|
Bolor
|
ND*
|
||
*ND – Não Detectado
Tabela II – Desinfecção
de superfícies de equipamentos Bomba de infusão
Local
|
Bolor (cor)
|
Levedura
|
||
Botão
1
|
ND*
|
ND*
|
||
Botão
2
|
ND*
|
ND*
|
||
*ND – Não Detectado
ENTÃO...
De
acordo com a análise microscópica, foi detectada a presença de um bolor Cephalosporium, que apresenta uma estrutura
com hifas septadas e conídeos. Além do bolor observado no microscópio, foram
identificadas algumas bactérias.
Para a higienização, grande
parte dos fabricantes (tanto de bombas de infusão quando oxímetros de pulso,
que no caso foram os equipamentos analisados) recomendam pano limpo umedecido
com água morna e sabão ou detergente neutro, detergente enzimático, ou ainda, álcool
70% (não é o mais indicado, pois pode danificar os componentes do equipamento e
a “carcaça”, porém, é bem eficiente). Se os equipamentos forem bem desinfetados,
não correm risco de prejuízos sérios ao paciente e ao equipamento. E não
esqueça: Se gostou ou tem
dúvidas, sugestões, compartilhe conosco através dos comentários!
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